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Vasectomia e Reversão da Vasectomia

Vasectomia

 

     Estima-se que aproximadamente 500 mil vasectomias sejam realizadas nos Estados Unidos, número este provavelmente semelhante ao que acontece no nosso país. Destes, 2 a 6% se arrependem de realizar a vasectomia. Dentre todos os métodos utilizados para a contracepção, a vasectomia é a mais simples, mais fácil, mais barata, mais efetiva e confiável. A vasectomia é realizada após anestesia local do canal deferente (canal a ser cortado na vasectomia) e demora em média de 30 a 40 minutos. É realizada duas incisões (cortes) no escroto – 1 para cada canal deferente - no local escolhido para realizar a vasectomia ou no meio do escroto (incisão única). O fio utilizado para fechar o corte do escroto é constituído de material absorvível, não necessitando retirá-lo após a cirurgia (caem de 2 a 3 semanas após a cirurgia). Geralmente o procedimento não apresenta maiores intercorrências no pó-operatório, o desconforto após a cirurgia cessa em poucas horas, não resultando em seqüelas. Apenas uma pequena parcela de pacientes apresenta sangramento ou infecção no local da vasectomia. Dor testicular é a complicação mais freqüente após a vasectomia. Muito embora estas complicações possam ser sérias, o manejo conservador (uso de medicamentos sem necessitar cirurgia), pode levar à resolução espontânea. Falha na vasectomia (recanalização precoce ou tardia) ocorre em até 1% dos casos. Em virtude disto, é importante destacar que o paciente realize um espermograma 2 meses após a vasectomia. Somente após o resultado do espermograma demonstrar ausência de espermatozóide que o paciente estará liberado para ter relação sexual com sua parceira sem uso de outros métodos anticoncepcionais.

 

Reversão da vasectomia

 

            Estatísticas demonstram que até 6% destes homens solicitam a cirurgia de reversão de vasectomia. Apesar de poucos homens mais jovens de 30 anos serem submetidos à vasectomia, eles apresentam uma tendência de 12,5 vezes superior de solicitarem a cirurgia de reversão de vasectomia quando comparado aos pacientes mais velhos. Desta forma, homens com idade inferior a 30 anos são considerados grupo de risco para serem submetidos à reversão de vasectomia. As causas mais comuns do paciente ser submetido à reversão da vasectomia são as seguintes: divórcio e novo casamento, morte da esposa e/ou filhos e mudanças no planejamento familiar. Os fatores mais importantes para o sucesso da reversão de vasectomia são o tempo de obstrução desde a vasectomia e a experiência e habilidade do cirurgião. Para que os resultados da cirurgia sejam satisfatórios, esta deve ser realizada com microscópio microcirúrgico. Pacientes com espermograma normal após a reversão de vasectomia apresentam 65 a 70% de chance de engravidar a parceira. Estudos mostram claramente que intervalos de mais de 15 anos com obstrução têm uma probabilidade menor de atingir fertilidade do que intervalos de menos de 3 anos, porém os resultados da reversão de vasectomia são sempre melhores que qualquer técnica de fertilização in vitro (bebê de proveta). Nas vasectomias com mais de 8 anos a chance de obstrução de epidídimo é de 30%. Nestes casos, o procedimento cirúrgico é muito mais elaborado e a técnica utilizada é a vasoepididimostomia, a qual consiste em uma união do canal deferente (cortado na vasectomia) com o epidídimo. Os resultados obtidos com o correto uso da técnica apresentam taxas de gravidez em torno de 44%, portanto, novamente muito melhor que qualquer resultado de fertilização in vitro. Em 10% dos casos há novamente obstrução após 6 meses e portanto uma medida preventiva deve ser o congelamento do líquido epididimário contendo espermatozóides. Profissionais envolvidos com o atendimento de pacientes inférteis devem esperar até 12 meses para avaliar o resultado da cirurgia.

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